
Já dentro da casa Renato prepara a droga em cima de uma mesa espelhada na sala, enquanto Marvin e a Prostituta conversam:- Tu mora sozinho aqui?- a prostituta pergunta enquanto caminha nas pontas dos pés, com os pés descalços, perto da janela com um copo de uísque na mão que Marvin havia servido a ela. Marvin sentado no sofá fica hipnotizado com aquela cena, responde meio que gaguejando:- na.. Não, moro com meus pais!- ela olha para ele sorrindo e pergunta:- o que teus pais fazem para ter isso tudo?
- Eles são donos de uma franquia de farmácia – responde Marvin.
Em seguida entra Renato avisando que tava pronta, os 2 se olham e vão:- Eu faço as honras - diz Renato, fazendo um canudo com o dinheiro, em seguida vai à prostituta e Marvin é o terceiro. Depois dos 3 estarem prontos Renato começa a beijar a prostituta, Marvin fica só olhando e sai da sala e fica ouvindo os 2 transarem do banheiro, usando mais drogas. Logo, a prostituta vai atrás de Marvin, mas ele está trancado no banheiro. Ela bate na porta e diz:- Hey Marvin abre ae, eu quero outro teco.- Marvin abre a Porta, enquanto ela prepara a droga Marvin fica se olhando no espelho e ela de costa pra ele:-Sabe lá no carro quando eu te perguntei o teu nome verdadeiro? É que na minha cabeça eu não conseguia admitir que uma mulher tão linda como tu pudesse trabalhar num lugar tão podre daqueles, eu queria saber quem tu és de verdade por trás desse personagem - diz Marvin, nisso ela se vira e o olha, e ele continua:- Só pode ser a estória da princesa que fugiu do castelo para ver como era a vida fora dos portões do palácio... Ou eu estou errado?- os 2 se olham e ficam olho a olho por alguns instantes, como se fosse combinado os 2 se beijam e Marvin finalmente toca nas coxas que o fascinaram tanto, assim como o corpo todo dela, que para ele parecia desenhado por algum tipo de deus. Ela revela:
- MEU NOME É EDUARDA!
Depois acontecem “coisas” que por serem muito chocantes não vou dar detalhes aqui, mas digo que foram abusivas de álcool, sexo e drogas, e mantenho sigilo por respeito aos personagens. Algum tempo após ocorrer essas "coisas", a sala presencia, Eduarda e Renato sentados no sofá discutindo, pois Renato não conseguira ter uma ereção nem razoavelmente e Eduarda, como estava muito drogada, se sentia culpada e humilhada por acontecer aquilo, já Renato por sua vez tentava se defender, se desculpando com clichês como: “isso nunca havia me acontecido antes”, “eu to muito louco da droga”. Enquanto isso Marvin, sentado frente à televisão, ficava com o olhar fixo em um canal fora do ar, ele se encontrava fazia muito tempo assim, mas nem Eduarda nem Renato perceberam, pois estavam ocupados demais em seu assunto que nunca iria chegar a lugar algum. Marvin levanta bruscamente, vai até o quarto, volta com uma sacola preta na mão direita e dados na outra mão, e interrompe os dois, pegando o controle que estava no chão e atirando no meio deles, e diz:
- Depois de muito pensar, resolvi propor um jogo! Nós vamos jogar general, nessa sacola tem várias pílulas de tarja preta misturadas, quem perder mete a mão dentro dela, pega a primeira pílula que vier e toma! Quem ta dentro?- os dois ficam impressionados com a explicação de Marvin e se olham e começam a gargalhar. – Eu não to rindo eu to falando sério! – reforça Marvin em tom maçante.
Os dois olham estarrecidos para Mavin. Eduarda confiava em Marvin naquele instante, cegamente e bruscamente, assim como não deve fazê-lo a ninguém. Já Renato seguiu a razão, e tentou conversar que aquela idéia não era boa:
- Vocês piraram? Vocês se drogaram demais. Só pode ser... não acredito que vocês tão falando sério! Eu não vou participar disso.
- Sempre tu né? Pra estragar! - diz Marvin.
- Mas vocês nem sabem o que tem aí dentro!- insiste Renato.
- Vamo lá Rê. Talvez tu dê sorte e encontre uma azulzinha ali dentro e funcione! – diz Eduarda em tom de gozação.
- Tu usou um monte de merda essa noite, e também nem sabe do que eram feitas, podiam ser de qualquer coisa. Agora tu vai arrega pruns remedinhos? Bem coisa tua mesmo, ser cagalhão e burro... – diz Marvin em tom convincente, uma das virtudes de Marvin é que ele sabia ser convincente quando queria, e o melhor, ele sempre conseguia convencer. Com aquelas palavras Renato se sentiu ofendido e aceitou o jogo. Pois um dos defeitos de Renato era pensar demais no que os outros iriam “pensar” dele.
Continua...